quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Nostalgia.

Eu sou totalmente pertubada, eu tenho sérios problemas. Bom eu pelo menos acho que os tenho.
Um dia eu sinto tudo e só me basta um segundo de crise que passo a não sentir nada.
Estou com medo, isso vou confessar; mas a vontade de ser feliz com a pessoa que de fato soube me amar é pertubadora. Seria de grande estropício pedir uma segunda chance?
Ela me parece feliz agora, sempre me vem na cabeça se realmente estaria ela com outro alguém, e se por castigo, estaria ela a amar esse outro alguém - isso me preocupa.
Eu sou egoísta, eu sempre a quis só pra mim, mesmo emaranhada por meus erros, eu sempre a quis só pra mim. Isso é egoismo, por que nao poderia eu deixá-la viver feliz com outrem?
- Não! Definitivamente não. Aquele coração me pertence, isso me pertuba, eu a quero de volta. Mas como pedir, se a minha vontade é de simplesmente tomá-la para mim sem ao menos dar quaisquer satisfação?
São tantas perguntas.
E todas elas feita pra você.

-
Lembra que o plano era me internar em um hospicio aos 70 anos?
Pois então, eu já enlouqueci o suficiente, se quiser me internar, fique a vontade; pois eu confio em você, e sei que preparás colchões bem aconchegantes para aquelas paredes sufocantes.

-
eu não sei mais o que dizer;
Eu sou muito podre, isso é fato.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

piadas fora de hora.

Eu nunca sei quando meu coração está falando sério;
As vezes ele dá uma acelerada, e do nada ... pára de pulsar, só pra me dar aquele ataque cardíaco.
Quando tudo volta ao normal, me vejo deitada olhando pro teto, completamente apaixonada pela sensação de vazio.

domingo, 19 de setembro de 2010

Tentativas

Eu estou tomando meu café, enquanto o mundo está virando de ponta cabeça; lá fora chove, aqui dentro é frio, e eu sou vazia.
Hoje sou vazia.
A vida não me presenteou com o prazer de pedalar uma bicicleta sem rodinhas; ela nunca me deu a chance de aprender a me virar sozinha, todavia tive um apoio ali, me segurando, me firmando no meu desiquilibrio - os medos sempre foram meus amigos, aqueles que me impediram de cair, aqueles que evitaram minhas feridas.
Mas o tempo vai passando, você vai crescendo ... as pessoas crescem, elas evoluem - pro bem ou pro mal elas evoluem, e logo você se torna alvo de piada por não saber pedalar sem as rodinhas;
aquilo que outrora era tão comum, tão vital, aquilo que era o seu equilibrio lhe é tirado, quando lançam em tua face que por seres grandinha não é capaz de equilibrar-se sozinha.
As risadas, os comentários maldosos, as expressões despeitosas te intimidam, e você resolve abandonar as rodinhas -

A primeira tentativa é frustrante, você sequer tenta dar a primeira pedalada. Olha o horizonte, em seguida mira com fervor a roda dianteira, mas o que você está ouvindo é mais uma gravação de gargalhadas repetidas. E você tenta, movimenta o guidon de um lado para o outro, a bicicleta pende para um lado, você apoia os pés no chão para evitar a queda. O medo é capaz de evitar muitas coisas.

Na segunda tentativa, você se isola, vai até onde ninguém é capaz de ir sozinho, você vai sem medo - você vai.
Senta na bicicleta, mais uma vez olha o horizonte, e se pergunta se é capaz de chegar até a linha que define o fim ou o começo de um novo caminho, você mais uma vez mira com obcessão a roda dianteira, mas dessa vez mantém, seus pés no chão. E o que você ouve dessa vez é o medo rindo pela suas costas; eu te vi apavorada naquele dia, tão pequena e se achando tão grande, o mundo te fez acreditar que era grande demais pra se apoiar nas rodinhas - nas suas rodinhas. Eu te vi descer daquela bicicleta e ir arrastando-a até em casa. Te vi se trancar no quarto e chorar, eu vi o que eras, eras uma criança sozinha a chorar.

Na terceira tentativa, era uma dessas noites quentes de verão, onde todos ficam ate tarde sentados na calçada contando piadas, ou fazendo de pessoas piadas maldosas. Você arrasta sua bicicleta até lá, confiante, determinada, segura ... você ainda está a ouvir as gargalhadas repetidas, mas isso não te abala, me pareces uma guerreira encarando seu maior fracasso, você estava tão séria ...
Senta na bicicleta, encara o horizonte como algo idiota demais, como algo que qualquer um, menos você pode alcançar, você mira com ira aquela roda dianteira e então o show começa ...
um pé é colocado no pedal direito, até aí tudo muito fácil; em seguida o outro pé vai se erguendo para se apoiar no outro pedal - a bicicleta parece estar viva, as gargalhadas parecem mais altas, você já não está mais tão confiante assim - o guidon mais uma vez se movimenta de um lado para o outro, você tenta desesperadamente buscar o seu equilibrio - eu vi lágrimas nos teus olhos garota! NÃO CHORES, VÁ E PEDALE, NÃO PARES, PEDALE!!
mas o que se ocorre em seguida é uma queda vergonhosa, tudo parece se movimentar em câmera lenta diante de seus olhos, a bicicleta foi pendendo para um lado, e você criança, ah criança ... era chegado a hora de apoiar os pés no chão, mas voce sentiu necessidade de provar alguma coisa pra qualquer pessoa, acho que foi pra si mesma, de que era capaz de mantes os pés no pedal, mesmo caindo ... e você caiu, e o que se sucedeu foi a bicicleta caindo por cima de ti, teu braço ralava o chão; ardia, eu senti dor, o sangue escorreu , e você chorou.
E todos riram. Pude te ver ali tão desamparada, aos prantos, não pela dor, mas pela decepção, você se sentiu fracassada, eu vi você chutar a bicicleta e correr para casa. Sozinha, pois filha única não tem irmãos, e menina rica não tem amigos.
Descaradamente eu vi um muleque montar em sua bicicleta e sair pedalando, como se de fato aquilo fosse algo muito inútil.

Na quarta tentativa ... bom, não teve quarta tentativa. Você não tentou mais, você abandonou a bicicleta, inclusive as rodinhas. Isso já não tinha mais tanta graça pra você. Você se achava grande demais, você já não se aceitava. E a vida tornou-se um fardo pra tí, e a solidão tomou espaço em teu coração; e eu já não te vias mais brincar até tarde aos fins de semana, já não via seus brinquedos espalhados pela casa, já não via a tv ligada com teus desenhos favoritos; seu pai chegava ancioso do trabalho pra te dar um abraço, e onde estavas? Estavas dormindo, às 19:00h já estavas a sonhar com aquele horizonte, 7 dias da semana estavas a engolir livros e mais livros, enquanto teu pai engolia a seco o fato de que estavas crescendo e de que não aceitavas mais as rodinhas da vida, rejeitavas todo o apoio. Os fins de semana, eram todos iguais, acordavas cedo, tomavas teu café, e ia sentar na calçada para ler teu livro, sozinha.
Aqueles que pensavam ser teus amigos, lhe chamavam pra brincar, você fazia uma cara de séria e continuava a ler. Subia para almoçar, e não mais dialogava com teu herói, teu pai.
Eu te vi crescer cedo demais, eu te vi sofrer cedo demais, eu te vi desistir cedo demais!!

VAMOS VOLTE A TENTAR, TENTE PEDALAR!!

Na quinta tentativa ... bom, essa foi a mais covarde de todas.
Você já não se achava grandinha, se achava uma adulta cheia de problemas, mas que grotesco, só tinhas 13 anos criança!
Eu te vi apanhar injustamente, eu te vi ser ameçeada, eu te vi ser o alvo de muitas frustrações. Eu vi os comentários que rolavam por tua antiga casa, você não era a filha do casal, era a filha do teu pai. Óbvio que eras, mas e da madrasta? Bom, a madraasta era estéril. E você por inúmeras vezes apanhou por isso, até que eu te vi enxergar o horizonte mais uma vez ...
Eu te vi implorar pra machucar teu herói, teu pai. Eu te vi machucá-lo bruscamente, sim criança, mesmo tão pequena você o fez chorar, você o magoou, você o deixou.
Eu via, você era o único bem, o único tesouro que aquele herói possuia, e você o deixou, você o fez chorar! Eu vi!
Você olhou para o horizonte, mirou indiferente a roda dianteira e o deixou.

Esqueceu criança, de que tuas rodinhas sempre fora teu pai?
Penso que sim.

Na sexta tentativa ... bom, vejamos ...
você aind anão cresceu, já tens 17 anos - faltam 2 meses para os 18 - e ainda não cresceu. Ainda me parece uma criança, ainda te vejo chorar pelos cantos, ainda te vejo falar sozinha diante do espelho. Você tem dois irmãos por parte de mãe agora, mas já não é mais filha, e você também já não mais aquela menina rica.
Você ainda não sabe andar de bicicleta, e pelo que vejo, não faz a mínima questão de aprender, mas sentes falta das rodinhas, isso eu posso ver com clareza.
Sem rodinhas não há equilibrio, mas foi você mesma quem deixou as rodinhas pra trás, se achou grande demais, e agora tão carente de um novo horizonte, se sente pequena e indefesa demais.
Não sou capaz de compreendê-la, você chora sem saber o motivo, você abraça qualquer pessoa procurando um rodinha a mais, mas agora pessoas grandes que se acham pequenas, não precisam de rodinhas.

Você nunca aprendeu a se virar sozinha.
Sempre procurando apoios, e quando não os procura, chuta, sai correndo, e foge.

Na sétima tentativa ... você senta numa cadeira, escuta músicas depressivas e posta em blogs.
Procura rodinhas, mas pessoas grandes feito você já não precisam de rodinhas, não é mesmo?
Procura bicicletas, mas pessoas que não sabem pedalar os próprios sentimentos não precisam de bicicletas não é mesmo?
Então vá e continue lendo.
NÃO TENTES PEDALAR MAIS, POIS EU CANSEI DE VOCÊ CRIANÇA !!

Isso dói?
Pois bem, saiba que teu pai também sentiu dor quando que por covardia você o deixou!!

-
Nota final: Nunca gostei de crianças, principalmente as choronas feito você Jéssica!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Nerd

Por dias eu me mantenho na mesma posição.
Por dias eu espero.
Espero o que ainda não sei querer, espero não sabendo ao certo o que.
Por dias eu espero.
Eu estou esperando algo acontecer.
Pode ser qualquer coisa, mas eu espero.
Anciosa, roendo as unhas, andando de um lado para o outro ... eu espero.
Mas, e se nada acontecer? Talvez, minha espera seja perene, mas a minha existência seja devir.

O sono não vem nas frias madrugadas, sinto falta do passado, anceio pelo presente, e espero pelo futuro.


- A verdade é que me falta um óculos pra enxergar melhor essa realidade que todos teimam chamar de aventura.
- A vida é um livro, a qual foi substituída por sites de relacionamentos.
Você pode escolher se aventurar nas páginas da vida, ou viver uma vida que não é sua em qualquer perfil da internet.

Eu espero a realidade tal como ela é.
Aceito meu destino.
E espero ... no meu mundo eu espero.

Talvez eu seja mais uma dessas pessoas anti-sociais que não fazem a mínima questão de ser mais um brinquedinho manipulado pela sociedade.
Eu perco muito tempo filosafando, enquanto poderia estar me drogando como qualquer adolescente normal.

Minha droga é o café.
E a minha vida é o meu livro, sem ilustrações, mas que eu faço questao de imaginar nos minimos detalhes.

Eu continuo esperando;

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

conversas paralelas

"A loucura é na verdade a lucidez dos seres mais evoluidos."
- Nathalia Rudi

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Inspiração.




Dallas Green, City and Colour.

Waiting, City And Colour

Um coma pode sentir melhor que isto,
tentar descobrir por onde começar.
Você está sobrecarregada, está cheia de algo.
Da doença, e deserção.
Você está sobrecarregada, está cheia de algo,
você está por baixo de tudo.

Então diga adeus ao amor,
e manter sua cabeça erguida.
Não há necessidade de pressa
estamos todos à espera, à espera de morrer.

Esperar um lugar melhor é tudo que eu preciso,
Com momentos de inocência e mistério.
Ah, as pequenas coisas que você perca.
Como acordar sozinho.
Oh, as pequenas coisas que te fazem falta,
quando você está por baixo de tudo.


Todos os seus amigos parecem como inimigos
quando você está arrasado e vazio.
Todos os seus amigos parecem como inimigos
quando você está arrasado e vazio.

Então diga adeus ao amor,
e manter sua cabeça erguida.
Não há necessidade de pressa
estamos todos à espera, à espera de morrer.



ser livre na gaiola

As correntes douradas não me iludem mais, voltei às minhas correntes de latão.

As belas gaiolas te sufocam mais -
Gaiolas simples e sem cor te deixam mais a vontade.

Não se pode enfeitar a escravidão e nem simplificar a liberdade.
Se for escrava se enfie numa gaiola fria e simples e enxergue a escravidão tal como ela é. Se for livre, não se permita viver aos arredores de quaisquer gaiola a espera de comida, voe o mais alto e mais longe que puder. Se caso cair, caiu em liberdade.

Ser livre pode ser perigoso. Ser cativo pode ser monótono.
As gaiolas não são escolhidas, elas escolhem você,
mas você tem a opção de querer a realidade e fazer dela o seu lar, ou pode se manter cativa em sonhos dourados;

gaiolas douradas, não me iludem mais.

ainda existe a terra

Decepção é como um tapa na cara;
te causa repulsa, arde, deixa marcas e arranca seus principios fora.

O meu maior erro foi confiar demais, foi deixar de ser eu mesma só pra colocar um sorriso no rosto da ilusão.
Você espera, você acredita, você confia - e no fim, um tapa na face é o que recebes.
Descobri que as melhores pessoas são as piores por nos fazerem acreditar que de fato são melhores.

Não mais peço permissão, não mais peço opnião.
Vou viver essa minha vida às avessas, e não mais permitir que me engomem com um ferro de passar.
É do simples, da força, do relento, do errado que eu vim, e é para lá que vou voltar.

Principios eu ainda tenho, opnião formada não mais.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os retratos são os mesmos

Existe uma raiva que as vezes me consome, raiva essa que por sua vez evolui aleatóriamente para um sentimento de ódio.
As vezes a indiferença exposta em seus retratos na parede, simplesmente me incomodam.
Fotografias vazias do seu dia-a-dia a qual eu me considero mais um abajur ali no canto de qualquer paisagem, paisagem que ninguém está a notar.
Os olhos estão voltados aos sorrisos liquidos que estão a escorrer por entre as molduras daquele velho retrato; isso me irrita.
Os meus desenhos já não são bonecos a qual eu gostaria de lhes dar o sopro de vida, hoje pra mim desenhos são apenas desenhos; eu me mantenho a rabiscar fotografias, refaço elas em desenho em uma folha de papel, fico horas tentando deixar o mais parecido possivel. Nunca consigo. Não consigo manter aquele velho e mecânico sorriso das fotografias.
O ódio me toma quando ninguém consegue compreender a forma a qual tento me expressar;
existe algo que impede a visão das pessoas sobre a forma a qual eu costume reagir às ações que me afetam;
Existe uma ânsia aqui dentro que me toma por completa, náuseas é o que sinto quando ninguém nota porque fico horas vendo as mesmas coisas;
porque fico completando minha caneca de café de hora em hora;
porque ouço a mesma música mil vezes;
porque eu tenho dificuldade em digitar utilizando todos os dedos da mão;
porque eu espero que me digam mais do que um mero "tchau" em quaisquer despedida.
Eu espero mais.
Raiva é o que sinto por me fazerem de abajur no canto da paisagem.

Sinto que eu nunca vou ser o sorriso liquido que escorre em qualquer fotografia.
Eu sinto que nunca vou ser o foco da minha própria vida.
E por mais que eu tente arrancar todos os retratos da sua parede, você torna a pendurá-los novamente. E eu cansei de tirar os retratos e colocar meus desenhos.
Desenhos que expressam mais, desenhos que não alegram o ambiente, mas desenhos que sabem sorrir melhor do que seus retratos indiferentes.
Fique com seus retratos felizes. Eu estarei aqui com meus desenhos mal copiados, mal apagados, todos borrados à procura de um sentimento a expressar, mas que no fim nada expressam, mas que sabem como ninguém sorrir com verdade.
E sorrir não significa mostrar os dentes.

Eu tenho visto os seus auto-retratos também, e pude perceber que eles também sorriem descaradamente.
Eu poderia fazer um desenho do seu rosto, e acho que eu até conseguiria fazê-lo sem borrar, fácil seria começar com uma folha em branco e terminar com uma folha em branco. Pois não costumo desenhar rostos indiferentes, sorrisos liquidos não molham mais meus pensamentos; indiferença pra mim nada é, logo, a folha estaria em branco.
Seria a cópia perfeita do que somos.
Somos nada.
Somos fotografias, e não desenhos.
Desenhos se concertam, desenhos são apagados, desenhos expressam mais.
Nós não.

Juro, que se voltar a pendurar em minha parede mais um de seus retratos, explodirei em mil pedaços, e a pior parte de mim, poderá te ferir gravemente.
Então, fique longe, já que não sabe desenhar.

Poder não é querer.

Hoje eu não quero olhar para as mesmas coisas.
Hoje eu não quero ouvir as mesmas músicas.
Hoje eu não quero sonhar os mesmos projetos.
Hoje eu não quero amar as mesmas pessoas.
Hoje eu não quero nada.

Ontem também foi assim, eu nada quis nada e a tudo temi.
Dizer que ainda amo tudo isso, seria de fato um subterfugio pra dizer que ainda quero alguma coisa.
Mas não, eu não quero nada. Eu não quero ninguém.

Eu desaprendi o grande fator de sentir. Não sei mais amar.

Hoje eu não quero amar você.
E acredito que amanhã também será assim;
E todos os dias serão nada, pois das minhas horas eu nada quero.

Viva suficientemente bem para que eu me esqueça mais depressa.
Viva sua vida como sempre viveu. Esqueça que em algum dia, eu fiz parte dela.
Dai então eu esquecerei tudo mais rápido.

Pois sem você, eu descobri que é impossivel querer alguma coisa.
Eu não quero nada, eu não quero você.
Então viva o suficientemente bem para que eu me esqueça mais depressa.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As cores.




Todas as cores que poderia eu contemplar em um pô-do-sol qualquer, todas elas, guardaria em aqui em meu olhar para que todos aqueles que verdadeiramente se dispusessem a encarar meu olhar ferido, percebessem que em meio a dor e ao caos, as cores ainda se mantêm vivas e intactas a nos passar qualquer sentimento, sobre qualquer coisa - ou qualquer pessoa.
Abraça-me.
Me presenteie com um abraço, seja meu guia por apenas alguns segundos. Me guie até seus braços.
Sejá lá quem for, eu só lhe peço um abraço.
Eu imploro por um abraço, isso me basta, quero sentir um calor nesse meu corpo frio, quero sentir um pouco de verdade em tantas farsas que me cercam. Faça de mim um escudo, e me abrace, como um ultimo ato. Ato de misericórdia. Me abrace.
Nesse momento poderia eu ser um escudo, e te protejer de todo dano, de toda dor, de todo caos, faria com que sentisses as cores na pele - todas elas.
Cada cor, um sentimento. Cada abraço, um ato. Ato de misericórdia. E por tudo quanto me faz bem, dividiria contigo em nosso breve e solene abraço as minhas cores favoritas, os sentimentos que me fazem despencar do alto do penhasco de minha intensidade; e seriamos um só, um unico sentimento.
E pelas atitudes mais sinceras, a ti entregaria a minha intensidade, pois hoje, ela tem pesado por sob meu peito. Então abraça-me, veja e sinta as cores.
Em meio a tanta dor e caos, em todo e qualquer pôr-do-sol as cores estão presentes,todas intactas e intensas; e meio a todo mar de discórida que me mantenho a constantemente afogar, as cores estão em meu olhar, todas intactas. Me encare se tiver coragem, sinta as cores, pois elas ainda vivem.
E por fim, me abrace.

Receba de mim toda intensidade. Em um unico abraço eu entregaria toda minha intensidade a voce, sem ao menos pestanejar. Eu me contentaria com as cores.
Me contentaria com mais um pôr-do-sol.
Me contentaria com a lembrança de um forte abraço.

-
Óh, leitores meus, pra ninguém são essas palavras. Escrevo ao vento, para que ele sopre na direção certa, e me envie a pessoa certa, aquela que necessita de intensidade, enquanto eu - mera escritora de contos melancólicos - necessito apenas, das cores do pôr-do-sol.