domingo, 3 de outubro de 2010

Divano






O ser humano me causa náuseas -
O que dizer de um ser tão podre e cruel? Tenho me isolado cada vez mais, estou me aproximando de algo excentrico;
A arte me chama, e lá vou eu cumprir meu papel de artísta, amante da vida!

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Cruel, podre, sujo, implacavel - como pude um dia desejar-te?
Vá, pois hoje me cresce um ódio por ti. Aconselho-te que não voltes a me procurar, pois se isto fizeres, lançarei em tua face o pó dos meus sapatos, aquele pó que carreguei quando me trancaste num deserto; eu aprendi com as areias do tempo, que é para onde vai o vento que devemos seguir; se misturar com o tempo, com o sol, com a terra - e fazer de todo o cansaço inspiração para a arte -
Nas areias do tempo, não há destino e nem caminho a seguir, não há vestigios de outro habitante - pois o vento leva consigo as pegadas deixadas por sobre a areia. E assim quero ser daqui pra frente, e que o vento me leve aonde quer que seja, como uma pegada deixada em qualquer lugar do deserto. Não me importo com o destino, e sim se vou sair do lugar ou não.

Dance com as estrelas hoje a noite, reverencie o sol mais uma vez, e abrace o vento - e deixe que ele o guie a lugares longiquos. E que as dores sejam vossa inspiração amigos.
O deserto é a arte, onde não há humanos, lugar puro e cheio de mistérios.
Serei então um nômade, serei como as areias do tempo.

Vida longa ao espírito e a arte!

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